quarta-feira, 18 de julho de 2007

Salvador não merece um prefeito "fogo-de-palha".

Por Andres Viriato *

Não é só os turistas que estão reconhecendo: Salvador está se tornando uma cidade feia, mal-cuidada, e se providências não forem tomadas com urgência estará decadente e inóspita no próximo verão.

O Centro Histórico, maior conjunto arquitetônico colonial da América Latina, patrimônio da humanidade, acaba de ser pautado pela Folha de São Paulo, cuja matéria mostrou como, em pouco tempo, uma cidade se deteriora inexoravelmente.

O primeiro grande problema é a falta de um prefeito à altura de uma cidade com características tão definidas e peculiares como Salvador. Que não seja politicamente imaturo nem administrativamente incompetente, e que tenha um projeto compatível com as necessidades da velha capital.

O que temos de mais belo - a orla e o Centro Histórico - vão definhando às vistas de baianos e turistas, enquanto a Prefeitura se omite e o Governo do Estado, responsável pelo Centro, se cala.

Não há uma obra de destaque do atual prefeito que tenha melhorado coisa alguma na cidade; ou uma intervenção, simples que seja, que tenha facilitado a vida de sua população.

E o pior é que, pelos nomes que estão surgindo para 2008, talvez continuemos em mãos de aventureiros, aqueles que batem na mesa, matam a cobra e mostram o pau, fazem "cobras e lagartos" mas não abrem mão de assumir a massa falida, porque o poder inebria e o eleitor é incauto.

Para ser prefeito de Salvador o candidato não deveria exibir apenas votação expressiva. Deveria passar por uma sabatina, ante técnicos altamente especializados, para ser avaliado como administrador, como conhecedor dos problemas da cidade e exibir todos os projetos que pretenda aplicar tanto na periferia quanto na área urbana.

Infelizmente não será assim e Salvador continuará não merecendo os prefeitos que tem.
* Andres Viriato é jornalista.

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