quinta-feira, 12 de julho de 2007

Conselho Político pode ser uma boa experiência.

'As quartas, o jornalista Andres Viriato escreve.
Conselho Político pode ser uma boa experiência.
Esta semana começou com duas notícias que retratam ao pé da letra o momento político que vivemos: pesquisas nacionais indicam que 80% da população não confiam no Congresso Nacional, e que esse mesmo Congresso custa ao erário nacional a terceira maior porcentagem do PIB em termos mundiais.
Em outras palavras, salvando-se aí, com generosidade, cerca de 10% de nossos parlamentares, o resto só dá prejuízo, além, é claro, do péssimo exemplo que representam para a sociedade, principalmente para os jovens em formação.
Não é de agora que "político é sinônimo de ladrão" - e também não é por aí - mas agora a assertiva é mais instigante. E já que a democracia não vingou nem na Grécia, seu país de origem, mas ainda figura como o regime mais tolerável, arrisco misturar ficção com a realidade e apontar somente receitas se, em vez do Congresso como hoje funciona, o país tivesse apenas um Conselho Político, formado por dois representantes de cada Estado e um de cada instituição com representatividade na vida da nação, como ABI, OAB e outras.
Substituindo o pagamento de salários por jetons, veja quantos hospitais, escolas, estradas, obras de saneamento, entre outras, renderiam ao país, sem contar a receita moral, traduzida no fim dos maus exemplos de caráter e honestidade, dos privilégios absurdos, como o foro privilegiado, trabalho três dias por semana, férias de 90 dias, verbas para passagens aéreas e combustível que dariam para transformar a saúde e a educação, por exemplo, em modelos de governo.
O que mais temos na vida pública brasileira são políticos profissionais, carreiristas, que buscam o poder para atender a seus interesses pessoais. São muitos, a maioria de desconhecidos que nada contribuem para o progresso do país. Mandar essa turma trabalhar como o brasileiro comum seria um bom começo. E o mesmo aconteceria com as Assembléias, as Câmaras Municipais, como as da Bahia, redutos de carreristas sem qualificação ou talento para a vida pública.

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