A maior causa de mortalidade no setor aéreo brasileiro é um mal implacável chamado incompetência. A julgar pelo desnorteio do governo, trata-se de moléstia endêmica incurável. Em menos de dez meses, já levou à cova pelo menos 342 cadáveres –154 do Boeing da Gol e 188 do Airbus da TAM, 12 em solo. A menos que um milagre conduza à vacina, ninguém pode assegurar que o monturo de corpos não aumente. Noves fora a mortandade, o caos aéreo já produziu sindicâncias, auditorias, inquéritos, processos, duas CPIs, uma infinidade de discursos e um par de tragédias –a segunda mais funesta do que a primeira. Só não deu à luz uma solução. E o país vai se habituando a um fenômeno hediondo: a lamentação depois do fato. Tome-se, porque é mais recente, o exemplo do descalabro de Congonhas. A pista onde se realizam os pousos e as decolagens mede exíguos 1.900 metros.
Leia o artigo completo de Josias de Souza aqui
Maria Ines Dolci, em seu defesa do consumidor escreveu:
Em administração pública ou privada, quando há graves falhas, decorrentes de incompetência, leniência ou descumprimento de normas, a porta da rua é serventia da casa.
Desde a queda do vôo da Gol, ANAC, Infraero, Ministério da Defesa e outros órgãos envolvidos nesse caos batem cabeça. Alguém foi demitido? Suspenso?
Com mais essa tragédia, talvez o governo federal tome alguma providência para reduzir a insegurança, e punir os responsáveis. Se não cortar cabeças, contudo, o dito ficará pelo não dito.
E a colunista da ‘Folha’, Eliane Cantanhêde, estará coberta de razão, ao perguntar, em seu artigo: “Quando será o próximo?”. leia aqui

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