Pan-Americano, o Pan-demônio do Dinheiro Público

No esforço para justificar o estouro das verbas do Pan-americano, o ministro Orlando Silva (Esportes) disse que, na abertura das transmissões, imagens do Rio de Janeiro serão mostradas para o mundo, “uma exposição a milhões de pessoas no planeta”.

Alguém precisa dizer ao ministro que os jogos são circunscritos aos países americanos, com relativo interesse até mesmo nos EUA. Não despertam grande atenção mundo afora.

Engraçado, muito engraçado. Informa o UOL que Nuzman minimizou estouro do orçamento do Pan-Americano. É verdade, estourou mesmo.

Quando o Rio venceu a disputa contra San Antonio para receber os jogos, o evento estava orçado em US$ 225 milhões (cerca de R$ 435). Num primeiro ajuste, o comitê organizador apresentou à Organização Esportiva Pan-Americana (ODEPA) um valor de R$ 1 bilhão.

É, estourou um pouco. O governo federal colocou R$ 1,8 bilhão. A prefeitura do pitoresco César Maia enfiou goela abaixo do contribuinte carioca R$ 1,5 bilhão. E o governo estadual investiu míseros R$ 500 milhões. Somando tudo dá R$ 3,8 bilhões.

Explica Eduardo Paes, secretário estadual de esportes do Rio. “O que temos é uma decisão política de se fazer um upgrade no Pan. O que estava planejado era um eventozinho chinfrim e o que vamos ter é um megaevento”, afirmou.

Carlos Arthur Nuzman, marido de Marcia Peltier e presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, minimizou o estouro. “Ninguém aplica em poupança e espera receber o mesmo que investiu”, disse.

Comentário: Ainda bem que o Nuzman não cuida de minha poupança.